Manaus, 19 de Abril de 2024

FAZENDO TOMOGRAFIA

Por: Tarcísio Barbosa
29/01/2018 - 05:20

Tarcísio Barbosa

Tarcísio Barbosa 
 
Anualmente, eu faço meu check-up. Fiz o exame de sangue, e o colesterol, triglicerídios e  glicose, além do etc., estavam bons. O etc. não carece   explicar. Então, meu geriatra  - é chiquérrimo ter geriatra, se você ainda não tem o seu, arrume um - só para conferir,  me   mandou fazer uma tomografia do tórax e do abdômen.  Me deu o pedido, fui ao AGROS, peguei a requisição e fui ao Hospital São Sebastião tomar as providências. No hospital, fui atendido por funcionárias muito atenciosas, além de educadíssimas e muito bonitas. É sempre bom ver mulher bonita! Não é  mesmo! 
 
A tomografia foi marcada para o outro dia às  14 horas. Por mais que dissesse que não tinha alergia a nada, a não ser à falta de dinheiro e ao trabalho, tive que tomar dois comprimidos aintialérgicos  às duas da madrugada, dois às oito horas e dois  às duas da tarde, mais um grandão não sei pra que,  na hora da  tomografia. Fora o jejum  a partir das dez horas da manhã! Me perguntaram se eu tinha diabetes. Eu disse que não, que minha doença era velhice. Que não tinha cura! Se eu tomava algum betabloqueador. Disse que parara, pois ele   estava bloqueando minha inteligência, que não  é lá grande coisa.
 
Aí fiquei na sala de espera, por sinal, com um ar condicionado muito gostoso, esperando ser chamado, folheando umas revistas.  
 
Fui esperando, esperando e nada de ser chamado.  Já pensando que fora esquecido, uma  enfermeira me chamou. E eu fui.  Ela me levou para um vestiário e me mandou vestir um  modelito  para  o exame.     Adentrei a sala do aparelho e me deitei na maca, que entraria num túnel, onde tudo se concretizaria.
 
Começou. Entrava no túnel, saía do túnel, e uma voz dizia: “Respire fundo, encha o pulmão de ar e segure, respire normalmente”. E eu ali seguindo as ordens e pensando:  “Será que vão achar alguma coisa errada no meu fole? Parei de fumar há 20 anos e ele deve estar rosadinho que nem de menino novo.  Inclusive, ontem, fiz 25 metros  debaixo d’água  na piscina do Viçosa Clube. Ele tá é muito bom!” 
 
Aí a enfermeira me aplicou um medicamento para contraste, que deu uma  esquentação maior que uma dose de conhaque tomada no inverno. E tudo começou de novo! Entra no  túnel, sai de túnel e a máquina escaneando – gastei! -  minhas entranhas.    
 
Enfim, terminou! A enfermeira, devido à minha provecta idade, me ajudou a sair da maca.  Pedi a ela que tirasse umas fotos para a posteridade,  fui ao vestiário, tirei o modelito, agradeci pelo serviço  que me prestou   e me despedi dela. Por sinal, uma loura muito bonita, elegantérrima, de altíssimo astral,  o qual ela passa para gente.  Elogiei sua competência e o bom atendimento, desejei um 1915 pleno de realizações e saí para a recepção,  onde me despedi das meninas e também agradeci.
 
Quatro dias depois, apanhei  o resultado, mostrei  para o meu geriatra e ganhei  aprovação, o accessit,  termo tirado do livro "Os Maias", do grande Eça de Queiroz. Não foi summa cum laude, com louvor, como se dizia antigamente, mas deu pra quebrar o galho.
 
O atendimento   das recepcionistas foi ótimo! A aparelhagem, de última geração! A enfermeira, competentíssima!  Só não gostei do modelito. Feio, ultrapassado!  Vou enviar  ofício à administração do Hospital  São Sebastião exigindo  a contratação de um estilista para bolar  um modelito mais bonitinho, mais atualizado! 
 
jtbarbosa500@yahoo.com.br 
 
 
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