Manaus, 19 de Abril de 2024

David confirma filia??o ao PSB e revela n?o querer mandar, mas ser ouvido e poder confiar

Ato de filia??o est? agendado para a quinta-feira, 22, e contar? com a participa??o de Carlos Siqueira, presidente nacional da legenda

Política | 21/03/2018 - 18:30
Foto: Assessoria de Imprensa - ALEAM

David Almeida quer esgrimar o bom combate

 Ato de filiação está agendado para a quinta-feira, 22, e contará com a participação de Carlos Siqueira, presidente nacional da legenda 

 
Por Warnoldo Maia de Freitas
 
O deputado estadual David Almeida, presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM), confirmou na manhã desta terça-feira, 20, a sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), dirigido por Serafim Corrêa, pelo qual pretende disputar as eleições majoritárias deste ano, e deixou claro que não quer mandar em nenhuma agremiação política, mas apenas ser ouvido, poder confiar nas pessoas  e participar, de forma democrática, de todas as decisões.
 
O ato de filiação de David Almeida está agendado para a quinta, 22, às 15 horas, no Jevian Festas & Eventos, que fica na rua Rio Javari, 788, no bairro Nossa Senhora das Graças, e além das lideranças estaduais e municipais contará, também, com a presença de Carlos Siqueira, presidente nacional da legenda, e de João Mangabeira Renato Casagrande, da Fundação João Mangabeira, que foi instituída em 1990 e o seu nome homenageia o primeiro presidente do partido. 
 
Comunicado
 
Em breve comunicado de liderança David Almeida lembrou das primeiras conversas sobre mudança partidária com o presidente de honra da agremiação, deputado Serafim Corrêa, e com o presidente da executiva estadual, vereador Marcelo Serafim, que lhes ofereceram o comando da executiva estadual do PSB. 
 
Tal fato, segundo David, foi uma “manifestação de grandeza sem precedentes” para ele, uma pessoa humilde e com uma história de vida que comprova isso, e serviu para evidenciar a conduta diferencia da família Serafim, bem como a total confiança depositada nele pelos líderes daquela agremiação política, que não manifestaram o menor sinal de preocupação em dividir a liderança da legenda.
 
“Não estou buscando um partido para dominar, para mandar, para comandar. Quero um partido onde eu possa confiar nas pessoas, onde eu possa contribuir com o crescimento do meu estado, da minha cidade, e onde as minhas ideias, os meus pontos de vistas sejam respeitados”, argumentou. “Estou na política para servir, longe de egos e de vaidades”, completou.
 
David confessou, também, que acabou sendo cativado pelo 40, que é especial para ele, porque o faz lembrar do conhecido igarapé do mesmo nome, que corta o Morro da Liberdade, bairro onde ele nasceu, e foi utilizado durante muito tempo para banhos, atividades de lazer e pelas lavadeiras daquela área.
 
“Como morador do Morro da Liberdade, nascido na rua Amazonas, mesmo não tendo tomado banho no conhecido Igarapé do Quarenta, venho informar que o 40 é o número do partido para o qual estou mudando”, afirmou, colocando um ponto final sobre às expectativas que se arrastavam há duas semanas e indicavam a possibilidade da sua mudança para o Podemos, o Avante ou PSL.
 
Reafirmando a sua conduta, longe de egos e de vaidades, e a sua vontade de esgrimar o bom combate, David Almeida disse que quer ajudar o PSB na busca de soluções para o Brasil, o Amazonas e Manaus, sua cidade querida”.
 
“Não quero apenas ser comunicado das decisões que vão ser tomadas, como anteriormente era. Tomavam as decisões e só depois comunicavam aos seus filiados. Quero ter um espaço. Quero poder participar, ser consultado e poder dar a minha contribuição”, desabafou.
 
Recado aos “caciques”
 
O discurso de David Almeida, ao confirmar a sua mudança para o PSB, foi entendido como um recado aos caciques da política amazonense, que têm por hábito decidir, de forma monocrática, de acordo com os seus interesses, sem levar em conta as histórias de vida, as aspirações e objetivos dos seus pares.
 
Tal conduta ficou mais visível no período que antecedeu a eleição suplementar de agosto de  2017, realizada para a escolha de um substituto para José Melo (PROS),  já identificada como “a eleição da trairagem”, porque as determinações partidárias foram ignoradas por boa parte dos parlamentares.
 
O descontentamento foi registrado tanto no PSD de Omar Aziz, que apoiou Amazonino Mendes (PDT), em detrimento de David Almeida, candidato natural à reeleição, quanto no DEM de Pauderney Avelino, e no PR de Alfredo Nascimento, que também apoiaram o resgate do atual governador da aposentadoria.
 
Questionados sobre as condutas adotadas naquele momento, consideradas uma traição às “recomendações dos seus respectivos partidos”, alguns deputados como, por exemplo, Platiny Soares, argumentaram querendo saber de quem era a traição, deles ou dos partidos, porque “os caciques não haviam consultado os seus deputados sobre a questão do apoio às candidaturas postas”.
 
Segundo eles, os seus líderes limitaram-se, apenas, a informar, a querer impor as suas vontades aos parlamentares e “tais condutas antidemocráticas” geraram uma onda crescente de descontentamentos.
 
 
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