Manaus, 18 de Abril de 2024

Delator detalha caminho da propina a Renan e Jader

Reportagens das revistas Veja e ?poca deste fim de semana trazem trechos da dela??o de Felipe Parente, o ?homem da mala do PMDB?, em que ele conta onde e como entregou aos dois senadores R$ 11 milh?es (em valores atuais) do esquema de corrup??o na Transpetro

Política | 22/10/2016 - 09:40
Foto: Jonas Pereira/Ag. Senado

Jader e Renan negam ter pedido ou recebido propina e conhecer o "homem da mala do PMDB"

Reportagens das revistas Veja e Época deste fim de semana trazem trechos da delação de Felipe Parente, o “homem da mala do PMDB”, em que ele conta onde e como entregou aos dois senadores R$ 11 milhões (em valores atuais) do esquema de corrupção na Transpetro


POR CONGRESSO EM FOCO - 22/10/2016 08:47
 
Em delação premiada, Felipe Parente, apelidado de “homem da mala do PMDB”, afirma que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) receberam R$ 5,5 milhões (R$ 11 milhões em valores atuais), entre 2004 e 2006, de propina do esquema de corrupção na Transpetro, subsidiária da Petrobras. Em reportagens deste fim de semana, as revistas Época e Veja publicam trechos dos depoimentos de Parente em que ele detalha como os dois peemedebistas receberam os recursos.
 
Segundo o delator, que é ligado ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o dinheiro foi repassado pelas empreiteiras Queiroz Galvão e UTC e pela empresa de fretamento de navios Teekay Norway, em troca de contratos com a subsidiária da Petrobras. De acordo com as duas reportagens, Parente contou que entregou o dinheiro em encontros no Rio e em São Paulo a uma funcionária do gabinete de Jader. A propina, porém, também era destinada a Renan, conforme o depoimento. O presidente do Senado foi o responsável pela indicação de Machado para a Transpetro.
 
Os dois senadores afirmaram à Época que nunca pediram ou receberam propina e que não conhecem Parente. Renan declarou que jamais recebeu vantagens indevidas de “quem quer que seja”.
 
O delator contou que a Queiroz Galvão lhe entregou, entre 2004 e 2006, R$ 3,5 milhões em espécie, após entendimento entre Sérgio Machado e o então presidente da Transpetro, Ildefonso Colares. Para receber o dinheiro, ele tinha de dizer a senha “lua” em um escritório no Rio.
 
Segundo Parente, a propina era entregue à assessora Iara Jonas, de Jader, em encontros no Lebon e em Ipanema. Ele disse que a assessora fez dez viagens ao Rio para pegar entregas de R$ 350 mil cada da empreiteira destinadas aos dois senadores do PMDB. Ele afirmou que o procedimento também foi adotado com a UTC. Nesse caso, porém, Daniel Machado, filho de Sérgio Machado, também era beneficiário da propina.
 
Segundo reportagem publicada pela Veja no início deste mês, o “homem da mala do PMDB” disse que Renan recebeu R$ 32 milhões em propinas da Transpetro, entre 2004 e 2014. Desse total, R$ 8 milhões foram entregues, ainda de acordo com ele, em depósitos feitos para a sigla. Conforme a delação, o peemedebista recebeu percentual de contratos firmados pela subsidiária, como ocorria na Petrobras, mas depois optou pelo valor fixo de R$ 300 mil mensais.
 
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