Manaus, 20 de Abril de 2024

Lava Jato ati?a pretens?es pol?ticas no Amazonas

No papel a pol?tica ? muito bonita, mas na vida real a situa??o ? outra e prevalece o "toma l? d? c?"

Política | 18/04/2017 - 00:15
Foto: Internet

Quem vai ganhar ou perder?

 No papel a política é muito bonita, mas na vida real a situação é outra e prevalece o "toma lá dá cá"


Por Warnoldo Maia de Freitas
 
Os próximos passos das investigações da operação Lava Jato autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, na semana passada, sobre as condutas dos caciques da política amazonense - os senadores Omar Aziz (PSD), Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziottin (PCdoB), além do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) -, serão decisivos para o futuro desses parlamentares e poderão beneficiar novos políticos nas eleições de 2018,  bem como animar velhos líderes como, por exemplo, Amazonino Mendes  (PDT), além do deputado estadual e ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB).
 
Para muitos, o vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta (PMDB), o deputado federal Pauderney Avelino (DEM), e o ex-deputado Marcelo Ramos (PR) poderão ser os grandes beneficiados pela crise política que sacode o país nas eleições do próximo ano, quando estarão em disputa o comando do governo do estado, duas vagas para o senado, oito para o cargo de deputo federal e 24 apara a Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM).
 
Alguns cientistas políticos acreditam que levará vantagem nesse cenário tumultuado quem tiver a imagem mais consolidada e que a renovação apregoada deverá privilegiar os candidatos mais endinheirados, que conseguem atingir as grandes massas, porque fazer campanha política continuará exigindo o investimento de muito dinheiro. 
 
Na prática, a política amazonense vive um momento delicado e difícil com toda a bancada de senadores - Omar, Braga e Vanessa - sob suspeição e  um deputado federal - no caso Alfredo Nascimento- , também pendurado  após receber cartão amarelo por meio de delações premiadas de executivos da Odebrech.
 
Confirmados os indícios apontados e caso as investigações gerem os efeitos desejados por muita gente e os indiciados tornem-se réus para responder pelos seus atos na Justiça, tais parlamentares não poderão disputar as vagas no pleito de 2018, porque a legislação não permite. 
 
A possibilidade do desgaste político decorrente  da citação dos seus nomes nas investigações sobre corrupção também está animando muitos vereadores em Manaus, que já confidenciam o desejo de aproveitar a "oportunidade única" e disputar cadeiras para a Câmara Federal e o Senado da República.
 
Apesar do otimismo reinante há, também, aqueles que esperam definições ou "milagres" como, por exemplo, o resultado  da proposta da reforma política em andamento no Congresso, para colocar o bloco na rua e disputar uma das cadeiras, bem como os que se preocupam com a possibilidade da aprovação da chamada "lista fechada", porque tal medida "vai fortalecer os partidos e beneficiar os queridinhos dos caciques".
 
De um modo geral todos destacam que, no papel, a política é muito bonita, mas na vida real a situação é outra e o quadro é sempre pintado com outras tintas. 
 
Muitos também não acreditam que velhos hábitos institucionalizados como, por exemplo, o  "toma lá dá cá" não vão desaparecer do dia para a noite, em um simples passe de mágica.
 
Resta aos eleitores, simples mortais, esperar para ver quem vai ganhar ou perder com a Lava Jato e desenvolver esforços para conscientizar e transformar em cidadãos aqueles indecisos, que dormem e caminham, em sonhos, na via preferencial. 
 
 
 
 
 
 
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