Manaus, 23 de Abril de 2024

Merendeiras entram em greve e s? voltam a trabalhar depois de receberem sal?rios da RCA

Escolas municipais de Manaus v?o ficar sem merendeiras at? que elas recebam os sal?rios, atrasados h? mais de tr?s meses.

Cidade | 29/03/2017 - 12:40
Foto: Fotos- Freitas W Maia

Merendeiras fizeram protesto na C?mara Municipal de Manaus

Escolas municipais de Manaus vão ficar sem merendeiras até que elas recebam os salários, atrasados há mais de três meses. 

Por Warnoldo Maia de Freitas
 
As escolas da rede municipal de Manaus atendidas pelas funcionárias da RCA Empreendimentos vão ficar sem merendeiras e serviços gerais até que elas recebam os salários, que estão atrasados há pelo menos três meses, bem como férias vencidas e vale-transporte e vale-alimentação.
 
 A medida da paralisação da categoria foi anunciada na manhã da quarta-feira, 29, durante encontro com vereadores e o representante do prefeito, o ex-vereador Luiz Alberto Carijó, na Câmara Municipal de Manaus, e está amparada por uma decisão da juíza do Trabalho, Selma Thury Vieira Sá Hauache, titular da 18ª vara. 
 
Nesta quinta-feira, 30, haverá uma reunião, às 10 horas, na sede da Procuradoria do Trabalho no Amazonas, na rua Recife, com o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Jorcinei Dourado do Nascimento, e representantes da categoria, para esclarecer alguns pontos e melhor instruir o processo, que envolve a RCA Emprendimentos, da senhora Arlete Rebelo Coelho.
 
De acordo com Silvio Cristiano, membro do grupo que participou das negociações, pelo menos dois mil funcionários estão nessa situação, levando em conta as manipuladoras de alimento e trabalhadores da área de serviços gerais, e vão continuar desenvolvendo esforços para receber os seus salários.
 
"Essa situação é vergonhosa e nossas autoridades precisam se posicionar e defender os direitos desses trabalhadores", informa, destacando que muitos trabalhadores estão passando por sérias dificuldades financeiras.
 
Solução 
 
 
Durante o encontro com a comissão de representantes dos funcionários da RCA o ex-vereador e secretário extraordinário da Prefeitura de Manaus, Luiz Alberto Carijó (foto acima)  afirmou que o prefeito não estava sabendo do problema, mas reafirmou o compromisso de solucionar a situação no menor prazo de tempo possível.
 
"Até o fim dessa semana essa novela se encerra", garantiu Carijó
 
A "merendeira" Júlia Maria Cabral, de 60 anos, desde novembro sem receber, afirma já não saber ao certo o que ainda tem para receber porque "os salários são pagos de forma fracionada pela RCA Empreendimentos".
 
"A RCA passa de dois a três meses sem pagar ninguém. Depois paga um mês e vai enrolando  todo mundo", destaca, assegurando que as manipuladoras de alimento estão desamparadas e querem o apoio das autoridades para solucionar o problema.
 
Problema antigo
 
O presidente do sindicato (SEEACE-AM) Benilson Hipólito, revela que o problema é antigo, e que a empresa "pega o dinheiro da fatura,  paga só a metade dos salários devidos e empurra para a frente o restante".
"A situação é séria e precisamos encontrar uma solução imediata, porque a empresa recebe, mas não paga os salários dos seus funcionários", explica.
 
Para o vereador Chico Preto (PMN) "está faltando seriedade no trato da coisa pública, porque ninguém deixa de pagar três ou quatro meses sem conivência".
 
Nessa mesma linha de raciocínio a vereadora Joana D'arc  (PR) afirmou que "esse ciclo vicioso " precisa ser vencido o mais rápido possível a apontou a necessidade de a prefeitura de Manaus melhorar o seu sistema de fiscalização para acompanhar pagamentos, particularmente dos funcionários das empresas terceirizadas.
 
Já o vereador Reizo Castelo Branco (PTb) reafirmou a sua posição de defensor dos direitos dos trabalhadores e deixou claro que a Câmara "vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que os direitos dos funcionários da RCA sejam respeitados".
 
"Essa situação absurda precisa ser corrigida imediatamente", disse ele, lembrando que o problema com essa empresa é antigo e se arrasta desde 2012.
 
Para evidenciar a má fé registrada na conduta da empresa o advogado de alguns funcionários da RCA, Peterson Mota, revelou que muitos foram obrigados a assinar em branco contra-cheques e recibos de férias, para que a empresa pudesse comprovar suas ações perante a justiça e receber os contratos.
 

 

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