N?o v?o conseguir me fazer deixar de defender os professores com amea?as, afirma David Almeida

 

Os professores que estiveram na manhã da quinta-feira, 04, na Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM) foram surpreendidos por uma “manobra” dos membros da base do governador Amazonino Mendes (PDT), que encaminharam um pedido de informações à Mesa Diretora daquela Casa sobre a sessão da terça-feira,03, para sustentar um provável pedido de cassação do mandato do deputado David Almeida (PSB), e levaram o presidente do Legislativo estadual a dizer que não seria com ameaças e pressões que iriam conseguir calar  a sua voz.

 

Em greve pela valorização salarial da categoria, os professores lotaram a galeria e o plenário daquela Casa, porque queriam ouvir as explicações do secretário estadual de Educação, Lourenço, Braga, sobre a contraproposta apresentada pelo governo, considerada “sem muita clareza” pelo deputado Serafim Corrêa (PSB), mas acabaram tendo suas expectativas frustradas, porque o titular da Seduc informou, mais uma vez, que não iria prestar esclarecimentos.

 

 

Indignado com a “manobra” da base governista, “destinada a calar a sua voz, desqualifica-lo e impedi-lo de defender os professores”, o presidente da Casa, David Almeida, deixou claro, durante o seu pronunciamento, que não é “subserviente ao governador”, porque não o reconhece, bem como não aceitou ser seu vice, na eleição suplementar de agosto de 2017, e também não aceitará ser cooptado para integrar o seu grupo ou ser pressionado.

 

“Querem cassar o meu mandato porque eu não sou subserviente. Mas não vai ser com ameaças de me interpelar judicialmente que vão conseguir calar a minha voz e me fazer deixar de defender os professores”, esclareceu. “Quem tem que ser interpelado é o secretário (José Lourenço) e os deputados (da base que o aconselharam a não prestar esclarecimentos na terça-feira, 03)”, disse ele, destacando que o documento encaminhado à Mesa Diretora da AlEAM era a prova cabal da subserviência da base governista. “Aqui está a subserviência em forma de documento”, completou.

 

David Almeida também fez questão de ressaltar que, diferentemente de outros momentos, o governador Amazonino Mendes não manda na Assembleia Legislativa do Estado e voltou a dizer que, por defender os professores, o seu mandato está sob ameaça de cassação.

 

Após David Almeida citar nomes de membros da base aliada considerados “subservientes” o clima ficou visivelmente tenso, proporcionando um espetáculo inesperado aos professores, e os ânimos esquentaram ainda mais quando o deputado Vicente Lopes resolveu cobrar explicações e acabou contido pelos colegas e seguranças da Casa.

 

Surpreendidos, com o espetáculo inusitado e inesperado, os professores gritaram: “David, David, David, David, David” e depois emendaram: “Respeite o professor, respeite o professor, respeito o professor”.