Presidente do Cieam aponta a necessidade de os amazonenses serem mais propositivos para mostrar que a ZFM ? um grande contribuinte para o Brasil
Presidente do Cieam aponta a necessidade de os amazonenses serem mais propositivos para mostrar que a ZFM é um grande contribuinte para o Brasil
O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, se mantém otimista sobre a confirmação do coronel reformado Alfredo Menezes para o comando da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), mas destaca que, apesar de ter prestígio junto ao governo federal, o novo superintendente terá grandes desafios, que precisam ser enfrentados para recuperar a imagem da autarquia.
Na avaliação de Périco, um desses desafios será resgatar a representatividade da Suframa no cenário nacional, bem como a autonomia da autarquia.
Outro também não menos importante para o futuro do modelo ZFM é destravar a liberação dos Processos Produtivos Básicos (PPBs), além das questões ambientais, que em muitos casos impedem a implantação de novos projetos no Amazonas.
“Além de destravar a questão de novos PPBs, é preciso, também, desenvolver novas atividades, explorando as potencialidades da região Amazônica. É preciso destravar os PPBs para atrairmos novos investimentos, gerarmos mais empregos e explorar novas matrizes econômicas para sairmos dessa dependência do modelo ZFM”, explica, lembrando que a Suframa é o principal agente de desenvolvimento do Governo Federal para isso na Região Norte.
Como exemplo das dificuldades na área ambiental Wilson Périco destaca a exploração da jazida de potássio para a fabricação de fertilizantes, projeto que está emperrado porque, segundo os ambientalistas, está localizada em área indígena.
Ele lembra que o Brasil importa 90% do fertilizante utilizado no país e se a indústria tivesse permissão para funcionar no Amazonas, iria abastecer boa parte do mercado nacional, acabando ou reduzindo a importação do produto fabricado em outros países.
“O Amazonas precisa interiorizar a economia e criar um novo modelo econômico para somar com o modelo da Zona Franca”, destaca.
Mais propositivos
Segundo o presidente do Cieam, os amazonenses não devem esperar apenas pelas ações do novo superintendente da Suframa, e ficar reclamando das decisões da equipe econômica que, segundo ele, não está contra a Zona Franca.
“Precisamos deixar de pensar que somos o patinho feio do Brasil. Precisamos ser mais atuantes, mas propositivos, mostrar que o modelo Zona Franca é um grande contribuinte para o Brasil, econômica e socialmente”, argumenta.
De acordo com Wilson Périco, entidades ligadas à indústria veem a indicação com bons olhos e com grande otimismo, e entendem que, sem indicação política, a escolha é muito salutar para a Suframa.
“O novo superintendente é pessoa de confiança do Presidente e das Forças Armadas, e tal fato pode ajudar nas ações de infraestrutura, utilizando a estrutura e knowhow das próprias forças armadas - vide essa novela das vias do Distrito Industrial”, disse ele.