Por que s? mandam prender sindicalistas? E os empres?rios do setor?

 

O cidadão comum, apontado como rei – apenas formalmente - , em todo sistema democrático, não tem mesmo a sua dignidade respeitada no dia a dia nosso de cada dia.

 

Os exemplos são muitos. Um deles é o da greve dos rodoviários do Amazonas que, mais uma vez, resolveram cruzar os braços na manhã da segunda-feira, 26, para cobrar direitos trabalhistas não cumpridos pelas empresas de ônibus que operam o sistema de transporte coletivo de Manaus.

 

Outro diz respeito às manipuladoras de alimentos e funcionárias de serviços gerais, terceirizadas, contratadas para prestar serviços na rede de ensino de Manaus, que foram obrigadas a suspender as suas atividades porque, muitas delas, estavam a até seis meses sem receber seus salários.

 

Tanto em um caso quanto no outro o que se percebe é um total desrespeito à dignidade do cidadão e às leis trabalhistas, com o aval do poder público que deveria ser mais ágil para fiscalizar e fazer cumprir a legislação, porque as empresas de ônibus são pagas por todos nós, por meio dos subsídios milionários que recebem mensalmente do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus.

 

Esse teatro, esse jogo de faz de conta, de dizer “só sei que nada sei” e de empurra-empurra precisa acabar para o bem da sociedade, que precisa de ônibus para ir trabalhar e ganhar o sustento da sua família, bem como fazer girar a roda da economia.

 

Será que se os rodoviários estivessem recebendo normalmente os seus salários, bem como todos os seus direitos, iriam promover greves e colocar em risco os seus empregos?

 

Será que se as merendeiras do município estivessem recebendo os seus salários em dia estariam em greve, promovendo protestos para despertar a atenção das autoridades, que insistem em não querer ver o que até mesmo os menos capazes já viram?

 

Certamente que não.

 

Chega desse jogo de pressão contra os mais fracos. 

 

Por que as nossas autoridades não engrossam a voz contra as empresas de ônibus e a Prefeitura de Manaus?

 

Afinal de contas, as leis devem ser respeitadas por todos ou apenas pelos mais desamparados? 

 

As empresas de ônibus dispõem dos meios para contratar as melhores bancas para defender os seus interesses e protelar o cumprimento de determinações.

 

Já os trabalhadores permanecem reféns, particularmente daqueles que têm “o controle sobre as suas farinhas” e, acuados, só lhes resta fazer greve para cobrar os seus direitos.

 

O trabalhador, de um modo geral, não pode pagar essa conta sozinho.

 

O acordo é sempre o melhor negócio para todos.