Manaus, 25 de Abril de 2024

Samuel Hanan descarta venda da Cig?s e diz que ? hora de recomprar a companhia

Hanan revela que a meta do governo Amazonino ? transformar o g?s do Amazonas em uma op??o ao modelo Zona Franca de Manaus e acena com cria??o de um polo g?s-qu?mico

Economia | 14/03/2018 - 07:50
Foto: Reprodu??o

Samuel Hanan diz que ? hora de recomprar a Cig?s

 

Hanan revela que a meta do governo Amazonino é transformar o gás do Amazonas em uma opção ao modelo Zona Franca de Manaus e acena com criação de um polo gás-químico 

Por Warnoldo Maia de Freitas
 
O ex-vice-governador Samuel Hanan (PSD) e atual presidente do conselho administrativo da Cigás, descartou na manhã da quarta-feira, 14, durante entrevista ao jornal da manhã da TV Amazonas, a venda da companhia e acenou com um projeto para a sua reestruturação, visando dar suporte à criação de um polo gás-químico. 
 
Como parte dessa estratégia Samuel Hanan convocou os investidores amazonenses a comprarem as ações da companhia que estão nas mãos de empresários do sul do país e disse que a meta do governo Amazonino Mendes é transformar o gás em uma opção ao modelo Zona Franca de Manaus, ainda hoje o principal esteio de sustentação da economia amazonense.
 
“Nós não vamos vender a Cigás. É mentira. Ao contrário, temos que recomprar a Cigás”, disse, revelando que uma das metas da companhia é levar a tubulação do gás para atender ao distrito indstrial e residências. “O governo está criando uma nova lei para incentivar quem consumir o nosso gás”, explicou.
 
Depois de lembrar a história da criação da Cigás, comandada por ele e pelo governador Amazonino Mendes, no período de 1995 a 2002, ele lembrou que o gás pode ser uma fonte importante de geração de emprego, renda e tributo para o estado do Amazonas, em alternativa à Zona Franca de Manaus e ao Polo Industrial de Manaus.
 
“O gás é rico e pode ser matéria prima para juntar com o potássio e com o fósforo e fazer fertilizante, entre outros produtos”, observou.
 
Propinoduto
 
Hanan lembrou, ainda, que ele e Amazonino Mendes foram contra a proposta de construção do gasoduto Coari-Manaus, por entender que a melhor proposta seria o transporte por barcaças, com gás criogenizado, porque assim seria possível “irrigar o interior do estado”, carente de energia, um insumo indispensável para alavancar qualquer empreendimento.
 
“Apanhamos muito por sermos contrários, mas a história nos reservou o juízo de que estávamos certos”, argumentou, destacando que o gasoduto “é o maior propinoduto do Amazonas”. “Quem está dizendo isso não sou eu. É o Tribunal de Contas da União e a Agência Nacional do Petróleo, que já apurou que tem mais de um bilhão e duzentos milhões de reais de propina”, explicou.
 
De acordo com Hanan, o amazonense hoje paga o gás mais caro do Brasil, apesar de ter uma reserva gigantesca de gás no estado, porque está pagando a composição da comodite do gás mais o transporte do produto.
 
“Estamos pagando o valor do gasoduto e o valor da propina paga aos vagabundos, aos bandidos”, afirmou lembrando que dois diretores da Petrobras envolvidos no processo de corrupção já foram presos.
 
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