Manaus, 18 de Abril de 2024

Seguran?a h?drica mundial custa US$ 650 bilh?es ao ano, diz presidente do CMA

Segundo o presidente do Conselho Mundial da ?gua (CMA), Benedito Braga, o desenvolvimento neste campo depende do engajamento tamb?m de outros setores, como energia e saneamento.

Geral | 19/03/2018 - 09:35
Foto: Divulga??o/NBR

Presidente do Conselho Mundial da ?gua, Benedito Braga, discursa na abertura do 8? F?rum Mundial da ?gua

 Brasília - 19/03/2018 11h14


Pedro Peduzzi e Paulo Victor Chagas - Repórteres da Agência Brasil
 
O presidente do Conselho Mundial da Água (CMA), Benedito Braga, defendeu o compartilhamento de bacias hidrográficas entre os países e o investimento "em massa" de recursos para garantir a segurança hídrica de todos os países. Ao discursar na abertura oficial do Fórum Mundial da Água, Benedito Braga afirmou que os governos deveriam colocar a água como "cerne' dos eventos que promoverem.
 
De acordo com Braga, para os países garantirem a segurança hídrica necessária, presente nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, é preciso que haja "investimento em massa" da ordem de US$ 650 bilhões por ano até 2030. "Precisamos de mais vontade política de governos para garantirmos a segurança hídrica. Precisamos de mais financiamento para garantir os objetivos de desenvolvimento sustentável na ONU", disse.
 
Segundo ele, o desenvolvimento neste campo depende do engajamento também de outros setores, como energia e saneamento. "Esse fórum deve comprovar que compartilhamento de uma bacia hidrográfica não deve ser um fardo, e sim um incentivo e oportunidade para melhorar a governança", afirmou Braga, que discursou na abertura do evento após o presidente Michel Temer.
 
Antes de desejar uma semana "muito frutífera" aos participantes do fórum, Benedito Braga defendeu que a comunidade hídrica faça valer, em diferentes ocasiões, a capacidade de "colocar a água no cerne dos eventos". "Tenho certeza que vamos conseguir atingir patamar de segurança hídrica juntos", afirmou.
 
Antes do conselheiro, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, deu as boas vindas aos participantes e abordou a crise hídrica que vive a capital federal. Ele atribuiu o desabastecimento de Brasília e de suas vizinhas, que motivou um racionamento de água há mais de um ano, ao "expressivo crescimento populacional", à falta de investimentos em infraestrutura e ao baixo volume de chuvas nos últimos três anos.
 
"O Fórum Mundial da Água deve deixar um legado para essa e futuras gerações. Precisamos compartilhar água. Para isso, precisamos compartilhar saberes, opiniões, ideias experiências. Devemos cooperar", disse.
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