Presidente da ALEAM quer saber por que os governadores de S?o Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e do Cear?, entre outros, que enfrentam ?ndices de viol?ncia superiores aos registrados no Amazonas ,n?o foram buscar socorro na consultoria do Rodolph.
Presidente da ALEAM quer saber por que os governadores de São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e do Ceará, entre outros, que enfrentam índices de violência superiores aos registrados no Amazonas ,não foram buscar socorro na consultoria do Rodolph.
Por Warnoldo Maia de Freitas
O deputado estadual David Almeida (PSB), presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM), classificou na manhã da quinta-feira, 19, de “desperdício de dinheiro público” a viagem do governador Amazonino Mendes (PDT/AM) aos Estados Unidos para discutir saídas para a atual crise de segurança com o autor do projeto “Tolerância Zero”, o ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani.
David considerou “lamentável e absurda” a tentativa de Amazonino Mendes querer vender a ideia de que, apenas com essa parceria com o ex-prefeito de Nova Iorque, a situação da segurança vai ser resolvida em Manaus e no estado como um todo e questionou.
“Gostaríamos de saber, por exemplo, por que os governadores de São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e do Ceará, que enfrentam índices de violência superiores aos registrados no Amazonas não foram buscar socorro na consultoria do Rodolph. Será que só o governador Amazonino Mendes está certo?”, questionou, apontando a necessidade de se saber, ao certo, o que de fato está por trás do discurso oficial.
Críticas
David Almeida criticou, ainda, a forma açodada das ações do governo atual e destacou, em poucas palavras, que nem tudo o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Amazonas, porque as realidades sociais, econômicas e culturais são diferentes e as leis norte-americanas também não são iguais as brasileiras.
“O governador Amazonino Mendes precisa respeitar o seu povo e entender que não vai conseguir resolver o problema da insegurança no Amazonas simplesmente copiando o projeto Tolerância Zero, que foi adotado em Nova Iorque na gestão do ex-prefeito e Giuliani, sem levar em consideração a realidade brasileira”, disse ele, lembrando que nos Estados Unidos cada estado tem a sua legislação própria.
Para ilustrar a diferença existente entre o Brasil e os Estados Unidos, David lembra que lá a segurança pública é provida por múltiplos serviços policias e o modelo norte-americano difere de forma significativa dos adotados em diversos países.
De acordo com David Almeida, existem nos Estados Unidos mais de mil agências policiais federais e autônomas, além de mais de 12 mil departamentos de polícia municipal e de condados, sem levar em conta os xerifados. Ela destaca, ainda, que lá o princípio político que dá sustentação para a segurança pública vem sendo o dos chamados “controles locais”, que envolve municípios e condados, por meio de mecanismos de prevenção e repressão.
“Não vai ser com a compra de uma dúzia de equipamentos estrangeiros que ele vai resolver os problemas da área da segurança no Amazonas. Lá, as leis são diferentes e cada estado tem a sua legislação própria. Em Las Vegas, por exemplo, é permitido o jogo. Já na Califórnia é proibido. O Amazonino, quando acabou com a Polícia Civil do Amazonas, no fim da década de 1980, queria transformá-la aos moldes da polícia francesa, mas não obteve sucesso, porque além das leis, as realidades também eram e são diferentes”, afirmou.