Manaus, 21 de Novembro de 2024

Investindo para crescer

Por: José Roberto Tadros
03/06/2022 - 00:05

 O tema da infraestrutura é muito caro ao comércio de bens, serviços e turismo, por um motivo definitivo: a infraestrutura tem um papel fundamental na cadeia logística e de comunicação que permite o transporte dos bens, insumos e mercadorias desde o local em que são produzidos até os pontos de venda e as mãos do consumidor. 


São as veias nas quais circula o sangue que irriga a economia. 

Se essa circulação é deficiente, o organismo vivo da nação não pode se desenvolver adequadamente e enfraquece, podendo até mesmo enfrentar crises sérias, agudas, com impactos profundos em todo o sistema econômico. 

Nosso país é continental. Logo, a questão logística e de infraestrutura adquire uma dimensão em que poucas nações do mundo poderão servir de comparação. 

Vamos ficar no caso que costumamos ter como referência mais frequente, os Estados Unidos. 

A capacidade logística dos americanos está na base do desenvolvimento e da hegemonia daquele país. 

E ela só é possível pela rede de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos e telecomunicações que mantém o país vivo, ativo, dinâmico. 

O fato de que eles estejam, neste momento, se empenhando pela necessidade de modernizações só comprova o quanto reconhecem a importância dessa infraestrutura. 

Do nosso lado, precisamos desenvolver mecanismos para acelerar o processo de melhoria da infraestrutura brasileira, sob pena de ficarmos marcando passo, enquanto somos superados no competitivo cenário internacional e privados da construção de riquezas que vão beneficiar o País e seu povo. 

Vemos um esforço do atual governo em destravar o setor. 

As concessões do 5G, das ferrovias, dos portos. O empenho para promover a inclusão de mais rodovias na lista dos leilões programados. São ações que devemos valorizar, pois demonstram o reconhecimento da importância da participação e da parceria da iniciativa privada, inclusive a internacional. 

O Brasil não pode prescindir da iniciativa privada no seu caminho para o desenvolvimento. Pelo contrário, é preciso promover um ambiente de negócios que estimule essa participação, ampliando a segurança jurídica de forma que os investimentos não tomem a feição de uma aventura na qual o capital nacional e o internacional não vão embarcar. 

A maior participação da iniciativa privada na infraestrutura, além de alavancar os investimentos, vai aliviar o orçamento do governo, reduzir o chamado Custo Brasil, com benefícios diretos para a população, que passará a contar com produtos e serviços mais baratos, com mais qualidade. Sem falar na capacidade de geração de emprego e renda que os projetos vão proporcionar. 

O Sistema Comércio, por meio da CNC, das Federações, dos sindicatos que integram nossa estrutura, dos empresários representados, do Sesc e do Senac, atua fortemente para ajudar a destravar a economia do País. 

E isso passa pelo setor de infraestrutura. 

José Roberto Tadros
Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)



 
 
 
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