Na dúvida é melhor dar uma de quem comeu abiu
Por Warnoldo Maia de Freitas
Informações antecipadas de qualquer maneira, na ânsia de conquistar simpatias, de mostrar serviço, são perigosas e podem acabar gerando resultados desastrosos e indesejados, principalmente, em um momento como o atual, marcado pelo medo, pela dor, pela incerteza do amanhã, sentimentos despertados pela Covid 19 e a ameaça real de morte.
As autoridades competentes precisam prestar mais atenção no que dizem e, diante da incerteza da informação, dar uma de quem comeu abiu - aquela conhecida fruta amazônica que muitos conhecem e que deixa os lábios "colados" -, para evitar episódios como os registrados na manhã dessa terça-feira, 26/01, em alguns pontos da cidade.
Motivados pela esperança de ter acesso à vacina contra o novo coronavírus, esse inimigo invisível que mudou a vida de todo mundo e deixou grande parcela da população angustiada, em estado de depressão, sem saber a quem recorrer para salvar a própria vida, muitos idosos deixaram a segurança dos seus lares, levados pela "desinformação" - culposa ou dolosa -, e aventuraram-se.
De acordo com quem tem expertise no assunto, "a informação é coisa muito séria e os governantes precisam entender todos os fenômenos que a cercam" para evitar tropeços e desgastes desnecessários.
Logo, diante da incerteza do que se pretende dizer ou informar, principalmente em momento de crise, é melhor seguir o conselho dos mais idosos: "Fechar a boca para não dar munição aos adversários".
Quem tem alguma noção sobre gerenciamento de crise sabe que antes de apresentar qualquer posição sobre o assunto em pauta é preciso "calar a boca", para avaliar bem a questão, e só se manifestar após a efetiva definição das estratégias que precisam ser adotadas para solucionar o probema.
A Bíblia ensina que "aquele que não sabe a hora de ficar calado e quem não pensa antes de falar é pior que o insensato".
Minha avó sempre dizia: "Sábio é aquele que ouve, antes de falar, que sorri antes de chorar".