Manaus, 25 de Abril de 2024

Ind?stria do Amazonas prop?e medidas econ?micas de larga escala em carta enviada a Bolsonaro

Entre as propostas destacam-se as de viabiliza??o da produ??o de equipamentos m?dico-hospitalares e de medicamentos, bem como a de intensifica??o das compras governamentais

Economia | 25/03/2020 - 21:00
Foto: Reprodu??o

Vista a?rea do Polo Industrial de Manaus

 Entre as propostas destacam-se as de viabilização da produção de equipamentos médico-hospitalares e de medicamentos, bem como a de intensificação das compras governamentais 


A adoção de medidas econômicas de larga escala é uma das nove propostas defendidas pelo Comitê da Indústria do Amazonas pelo enfrentamento do Coronavírus em carta encaminhada nesta quarta-feira, 25/03, ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC)..

O documento “Carta aberta ao País e à população do Amazonas: medidas sugeridas ao governo federal para salvar o emprego, a renda e a produção para aliviar os efeitos do surto de coronavírus” é uma colaboração coletiva de entidades do Amazonas e do país, empresas, pesquisadores e autoridades e apresenta sugestões para todas as instâncias de governo.

O Comitê Indústria ZFM Covid-19 formado pelo CIEAM, grupo de trabalho composto pelas principais lideranças da indústria como FIEAM, ELETROS e ABRACICLO reuniu-se pela primeira vez na segunda, 23, em cooperação com a Secretaria de Estado e Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Amazonas (Sedecti) para mobilizar competências e recursos, para como sociedade, enfrentar a crise do coronavírus que atinge o Amazonas e todo o País.

“Foi uma reunião muito proveitosa com a participação efetiva do secretário de Fazenda com o seu staff, o superintendente da Suframa, o defensor público do Estado, várias representações de classe do nosso Estado e do País; a ELETROS representando a indústria do País como um todo, com muitos encaminhamentos, o governo do Estado juntamente com o governo Federal têm recursos para oferecer principalmente para a micro e pequena empresa”, avaliou o presidente do CIEAM, Wilson Périco, em vídeo publicado em sua conta no Instagram.

A carta

O documento reúne em nove tópicos, propostas de medidas como, por exemplo, o estabelcimento de uma Parceria do Estado com o Setor Privado para viabilizar a produção de equipamentos médico-hospitalares e de medicamentos em larga escala, para fazer frente ao surto do coronavírus no Brasil, tendo como meta  minimizar os efeitos adversos desta doença sobre a saúde pública, bem como intensificar o programa de compras governamentais em condições emergências destes produtos.

Os demais tópicos abordam entre as sugestões, a manutenção de emprego e da renda das famílias brasileiras, flexibilizações de legislações para efeitos de conformidade nas áreas trabalhistas, inclusão do Programa de Proteção do Emprego e Renda dos Trabalhadores (Pró-Emprego), alinhamento de recolhimento de tributos, política monetária, bolsa-família e seguro desemprego ampliados, por exemplo.

“O surto do coronavírus vem provocando desorganização na cadeia de produção global, com interrupção de suprimentos de bens e serviços e com consequente queda na confiança das famílias e empresas. Organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a OCDE já projetam risco elevado de recessão global.

O governo federal iniciou sua reação com anúncio de algumas medidas econômicas, pretendendo irrigar a economia com montante próximo a R$ 180 bilhões; o Banco Central do Brasil tomou decisão de reduzir a taxa Selic para 3,75% ao ano e de abrir programas de vendas de dólares.

Entendemos que as medidas estão na direção correta, mas achamos que, dada a gravidade que vem tomando a crise econômica e seus cenários para o curto e o médio prazos, avaliamos, contudo, que é preciso fazer mais.

Estamos considerando que o período mais crítico do surto do coronavírus no Brasil terá duração de 3 (três) a 6 (seis) meses, entre março a agosto, e de que seus efeitos mais agudos sobre a economia seriam também de mesma duração.

Neste sentido, estamos recomendando que Governo Federal anuncie imediatamente medidas econômicas de larga escala.

Entendemos a importância em preservar a solidez fiscal, mas definitivamente estamos vivendo momentos extraordinários que requer decisões não usuais”, diz preâmbulo da carta”.
 
 
 
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