Plínio Valério rejeita tese de sexismo usada por Marina e seus apoiadores para LACRAR em cima da sua fuga da Comissão de Infraestrutura para não responder sobre o seu veto à BR-319.
Brasília - Respondendo aos “lacradores” e a própria ministra do Meio Ambiente Marina Silva que estão usando a tese do sexismo para justificar o tumulto provocado por ela em depoimento na Comissão de Infraestrutura nesta terça-feira, 27/05, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) fez questão de mostrar sua fala, gravada, ressaltando que a mulher deve ser respeitada sempre, mas ministros, governadores ou senadores, todos têm direito de respeitar ou não, de divergir ou não.
"Quando eu continuei, a Ministra Marina interrompeu. Ela já tinha puxado o braço do Presidente, ela tinha calado todo mundo, ela me interrompeu e, daquela forma, me perguntou por que eu dizia aquilo. Eu falei que sim, mulher eu respeito e haverei de respeitar sempre, como dever e com prazer; agora, uma Ministra que não respeita uma população inteira não tem o meu respeito, caramba!", disse Plínio mais tarde, no plenário.
Entenda o caso
A ministra Marina Silva, Chefe da pasta do Meio Ambiente, foi ao Congresso nesta terça-feira, 27/07, para participar de uma reunião na Comissão de Infraestrutura e discutir a exploração de petróleo na Margem Equatorial, mas não suportou a pressão dos senadores pelo Amazonas, Plínio Valério (PSDB/AM) e Omar Aziz (PDS/AM), que cobraram explicações sobre o veto da ministra às obras de recuperação da BR-319.
Omar deixou claro que os amazonenses "querem ter o direito de passear, sim, na BR-319, enquanto ela passeia pela avenida Paulista e que a ministra atrapalha o desenvolvimento do país com a sua conversinha de governança" e destacou as dificuldades enfrentadas no licenciamento ambiental da BR-319.
Durante a sessão Plínio Valério disse que respeitava a mulher, mas não a ministra.
“Ministra Marina, que bom reencontrá-la. E, ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra, eu não estou falando com uma mulher. Eu estou falando com a ministra. Porque a mulher merece respeito, a ministra não. Por isso que eu quero separar”, falou Plínio ao cumprimentar Marina.
Insatisfeita com as manifestações contrárias às suas condutas, Marina Silva abandonou a Comissão do Senado.