Manaus, 26 de Abril de 2024

Bibiano cobra a??o da prefeitura para corrigir injusti?a contra 70 fam?lias

Vereador classifica de criminoso o ato dos ex-gestores e lembra que os moradores residem na ?rea h? mais de 20 anos, com o aval da pr?pria Prefeitura

Política | 23/08/2016 - 19:00
Foto: Assessoria de Imprensa

Moradores do Santa Etelvina durante manifesta??o na C?mara Municipal de Manaus

O descaso da Prefeitura de Manaus com 70 famílias da rua São Raimundo e avenida Sete de Maio, no bairro Santa Etelvina, que desde 2005 buscam uma solução para um problema criado pelo Executivo municipal, que abriu valas para a colocação de tubulação de águas pluviais, mas não concluiu o serviço, levou o vereador Professor Bibiano (PT) a cobrar na terça-feira, 23, o imediato cumprimento das emendas de sua autoria, aprovadas desde 2013, destinadas a viabilizar a  conclusão da obra. 

O vereador cobrou, ainda, o cumprimento imediato, por parte da Prefeitura de Manaus, das determinações da Vara Especializada do Meio Ambiente e realizar os estudos e o cronograma de obras de saneamento no leito do córrego no prazo de 45 dias.

Ele apresentou, também, um requerimento solicitando a presença do defensor-público Carlos Alberto Almeida Filho para explicar a todos os vereadores a situação da área em questão e destacou a atuação da Defensoria Pública, especializada no atendimento dos interesses coletivos, que não tem medido esforços no desenvolvimento de ações destinadas a defender a dignidade da pessoa humana em nossa cidade.

Ato criminoso

Durante o seu pronunciamento, Bibiano classificou de criminoso o ato dos ex-gestores e lembrou que as famílias ocuparam a área há mais de 25 anos, com o aval da própria prefeitura, e por essa razão não podem, de uma hora para outra, sofrer pressão para desocupar o local.

Além de falar sobre os danos provocados à população pela obra inacabada,  Bibiano apontou a necessidade da Prefeitura desenvolver esforços para corrigir a injustiça que está sendo praticada contra aqueles moradores, que receberam uma notificação para deixar o local dentro de dez dias.

“Se a Prefeitura de Manaus tivesse atendido aos nossos pleitos, iniciados em 2013, o problema já teria sido solucionado e essas pessoas não estariam enfrentando tal situação”, disse ele.

A atuação do vereador Professor Bibiano gerou o compromisso da realização de uma audiência pública, até a próxima semana, na Comissão de Serviços Públicos da Câmara Municipal de Manaus para encontrar uma solução para o problema.

Moradores pedem socorro


 
De acordo com a doméstica Andrea Alves da Silva (foto acima), moradora da avenida Sete de Maio, que participou na manhã da terça-feira, 23, de uma manifestação na Câmara Municipal de Manaus, a  situação é preocupante, porque eles receberam uma notificação para sair do local, mas ninguém tem para onde ir.

Segundo ela, o problema foi criado em 2005, na gestão do então prefeito Alfredo Nascimento e do prefeito tampão Luzi Alberto Carijó, que fez um “buracão profundo para colocar tubulação e realizar uma obra de rip rap” em um pequeno córrego. Mas, a ação acabou abandonada, prejudicando quem mora há mais de 25 anos naquela área, comprou lotes de uma imobiliária e hoje paga IPTU, luz e água.

“Nós estamos pedindo o socorro das autoridades, porque ninguém invadiu aquela área. Nós compramos os lotes de uma imobiliária e não podemos ser despejados de uma hora para outra sem ter para onde ir”, afirma.



O argumento é defendido pelo autônomo Criscimar Ventura Dantas (foto acima), de 50 anos, que defende uma saída negociada para o problema, por entender que os moradores merecem respeito.

“Nós não queremos brigar com ninguém. Queremos, apenas, que o prefeito respeite os nossos direitos. Nós não somos bandidos. Somos pais de família defendendo o direito de um teto para as nossas famílias”, completa, apontando a necessidade do poder público garantir o direito à moradia de todos eles.

Segundo ele, a Prefeitura de Manaus precisa concluir a obra iniciada em 2005, porque “apesar de estar inacabada ela consta como concluída”.

“A prefeitura deixou a obra pela metade. O buraco cavado no local, com a ajuda do tempo e da corrosão transformou um pequeno córrego em um igarapé que está prejudicando todo mundo”, destaca.
 

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