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Carla Pollake cometeu crimes de falso testemunho, tráfico de influência, falsa identidade e usurpação de função pública.
A CPI de Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) desmentiu a consultora de mídias, Carla Pollake, que disse em depoimento nesta segunda-feira, 06/07, que não tinha vínculos com o governo do Amazonas e que não obtinha vantagens por ser amiga do governador Wilson Lima (PSC/AM).
A CPI mostrou um cartão de visitas de Carla Pollake, onde aparecem o logotipo do governo do Amazonas e nome dela, apontada como consultora. O cartão era usado para abrir as portas das secretarias estaduais onde Pollake tinha vantagens por ser amiga do governador.
Quando viu o cartão de visitas, que foi exibido num telão, Pollake ficou nervosa e tentou desqualificar a prova. Ao ser pressionada pelos membros da CPI, a depoente admitiu que era dona do cartão e que ele era usado para abrir portas no governo.
No depoimento com mais de três horas, onde Pollake foi desmentida várias vezes, a comissão identificou vários crimes cometidos pela depoente.
O presidente da CPI, deputado Delegado Péricles, explicou que Carla Pollake cometeu crimes de falso testemunho, tráfico de influência, falsa identidade e usurpação de função pública.
A comissão constatou também que ela é amiga do governador Wilson Lima e que participou de várias reuniões com ele. Segundo a investigação, Pollake mentiu ao dizer que não obteve vantagens com a criação do programa Anjos da Saúde.
O programa, criado para levar assistência humanitária a pacientes com coronavírus, foi usado por Carla Pollake e seu marido para obter vantagens pessoais. Desde que foi criado, em abril deste ano, o Anjos da Saúde recebeu R$ 2,5 milhões da Secretaria de Saúde (Susam).
“Temos provas materiais que confirmam o vínculo de Carla Pollake com o governo, embora ela desminta as informações”, afirmou o relator da CPI, deputado Fausto Jr. “Ela diz uma coisa, mas as fotos e vídeos dizem totalmente o contrário”, acrescentou Fausto.
As provas obtidas pela CPI, bem como o depoimento de Carla Pollake, serão encaminhadas ao Ministério Público Federal, que está investigando irregularidades na Saúde Pública do Amazonas.