Manaus, 01 de Maio de 2024

Greve surpresa de motoristas ignora Estado de Direito e penaliza popula??o de Manaus

Rodovi?rios atropelam o Estado de Direito, fazem greve sem avisar ningu?m e deixam popula??o ref?m e desamparada

Cidade | 01/03/2018 - 00:05
Foto: Reprodu??o

Greve surpresa deixou popula??o no meio da rua

 

Rodoviários atropelam o Estado de Direito e deixam população refém e desamparada 
 
Por Warnoldo Maia de Freitas
 
A cada dia que passa a impressão que se consolida em Manaus, a capital do Amazonas, é a de que a cidade está se transformando, realmente, em uma grande “zona”, não naquelas conhecidas áreas que proporcionam prazer a quem gosta desse tipo de diversão, mas em uma terra de ninguém, onde cada um cumpre as leis de acordo com as suas conveniências.
 
A greve relâmpago deflagrada no meio da manhã da quarta-feira 28, em Manaus, evidencia tal fato e pegou de surpresa quem precisa se utilizar do transporte coletivo, bem como atropelou o princípio da legalidade, o princípio dos princípios, o Estado de Direito, tão maltratado nos últimos anos em nossa cidade.
 
Quer dizer, a ação radical dos motoristas, com ou sem o aval do sindicato da categoria, que confundiram LEGALIDADE COM LEGITIMIDADE, deixou muita gente na mão, perdida no meio do caminho, em situação de desespero, particularmente quem só tinha o dinheiro da passagem
 
Os motoristas têm o direito legítimo de reivindicar o pagamento dos seus salários, dos seus direitos, dos seus benefícios, mas, jamais o de desrespeitar o Estado de Direito e penalizar a parcela mais pobre da população que depende do sistema de transporte coletivo para cuidar da sua vida.
 
Trocando em miúdos, não há justificativa para a conduta dos motoristas de ônibus em Manaus, porque radicalizar a situação como desculpa para defender direitos trabalhistas não convence, porque o direito do motorista termina quando começa o do usuário.
 
Minha mãe sempre dizia que quem não respeita ninguém, não merece respeito. Portanto, ao adotar uma conduta radical, em flagrante desrespeito às leis e à população, os motoristas dos ônibus perderam o respeito de todos e jogaram no lixo o seu verdadeiro direito de reclamar e defender os seus interesses.  
 
A greve relâmpago desses profissionais do volante deixou milhares de pessoas no meio do caminho, porque os motoristas simplesmente resolveram fazer parar suas atividades, sem avisar ninguém com antecedência.
 
Que tal ao invés de penalizar a população rodar com a catraca livre ou, simplesmente, não sair das garagens? Começar a rodar, cobrar a passagem de quem não tem dinheiro sobrando para gastar à toa é uma inequívoca falta de respeito com a população.
 
A conduta desses profissionais é lamentável.
 
Vamos aguardar para ver o que as nossas autoridades vão fazer para colocar bom termo nesse novo capítulo da novela diária do transporte coletivo de Manaus.
 
Cadê o prefeito dessa cidade?
 
Cadê o governador desse estado?
 
A população merece respeito.
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