Manaus, 25 de Abril de 2024

Moradores da Cachoeirinha e Pra?a 14 pedem para prefeitura apurar corte sistem?tico de ?gua

Moradores reclamam do corte de luz, falta de internet confi?vel e acham que a interrup??o no fornecimento de ?gua pode ser um "boicote", porque a Prefeitura n?o quis autorizar novo reajuste de tarifa

Cidade | 23/07/2021 - 12:05
Moradores reclamam do corte de luz, falta de internet confiável e acham que a interrupção no  fornecimento de água pode ser um "boicote", porque a Prefeitura não quis autorizar novo reajuste de tarifa
 


Por Warnoldo Maia de Freitas  

Moradores do bairro Cachoeirinha e da Praça 14, na zona Sul de Manaus, estão pedindo para a Prefeitura de Manaus "apurar" o que está ocorrendo com o fornecimento de água naquela área da cidade, porque, ultimamente, dia sim, dia não, os consumidores são surpreendidos com a falta de água nas suas torneiras. 

Cansados dos problemas provocados pela falta de um serviço de internet confiável, queda sistemática no fornecimento de energia  elétrica - que leva a crer que a fornecedora estaria "fazendo um teste de qualidade dos produtos eletroeletrônicos" -, além do corte praticamente diário do fornecimento de água, os moradores também pedem atenção especial para as comissões de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazoans (ALEAM) e da Câmara Municipal de Manaus )CMM) para solucionar os problemas apontados.

Boicote?

Após a divulgação da notícia de que a Prefeitura de Manaus havia negado o pedido de reajuste da tarifa feito pela Águas de Manaus, alguns moradores passaram a questionar a possibilidade de a empresa estar realizando uma espécie de "boicote", cortando o fornecimento de forma sistemática para desgastar a imagem do gestor municipal e forçá-lo a liberar o aumento pretendido.

De acordo com alguns moradores do bairro, a desculpa apresentada constantemente pela assessoria de imprensa da Águas de Manaus, apontando como justificativa para a interrupção do fornecimento a ocorrência de problemas na rede de distribuição, que levaram a "uma ação emergencial" já não se sustenta mais.

"A Cachoeirinha é um dos bairros mais antigos de Manaus, assim como a Praça 14, e não são invasões. Mas a situação está cada dia pior. Um dia falta luz, no outro falta água e continuamos sem um serviço de internet confiável", afirma uma moradora da Cachoeirinha que tem parentes na Praça 14. "Eu moro aqui há mais de 70 anos e nunca enfrentamos um problema como esse que está acontedendo agora", completa.

Outra moradora afirma que a "desculpa" não convence porque percorre regularmente várias ruas dos bairros e das proximinadedes e não tem encontrado nenhuma obra da Águas de Manaus que justifique a ocorrência sistemática do corte no fornecimento de água.


Prefeitura nega reajuste de tarifa

A Prefeitura de Manaus, na qualidade de Poder Concedente dos Serviços Públicos Delegados, esclarece que negou o reajuste tarifário ordinário solicitado pela concessionária Águas de Manaus. O prefeito David Almeida recebeu com indignação a publicação do reajuste por parte da empresa e já determinou à Procuradoria Geral do Município (PGM) a judicialização do referido pleito. 
 
A Prefeitura de Manaus considerou a medida inapropriada para o momento, em decorrência dos reflexos da pandemia da Covid-19 e, mesmo tendo a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) examinado tecnicamente e legalmente o pleito, conforme prevê o contrato de concessão, o Poder Concedente manteve a negativa do reajuste por considerar, ainda que os efeitos do referido pleito ocasionariam uma retração econômica, impactando demasiadamente sobre o orçamento doméstico das famílias, principalmente aquelas de menor poder aquisitivo, como também sobre as demais atividades produtivas e comerciais do município.
 
Como forma de garantir aos usuários a continuidade dos serviços durante a pandemia e minimizar os impactos financeiros sobre as famílias, a Prefeitura de Manaus adotou restrições para algumas atividades econômicas e sociais por força de contenção à Covid-19, sendo uma delas a suspensão dos cortes no fornecimento de água por inadimplência ocasionada durante a pandemia e, a partir de 2021, direcionou tal decisão somente aos usuários da Tarifa Social, medida que tem beneficiado mais de 150 mil pessoas no município de Manaus.
 
Dados do balanço patrimonial da empresa publicados oficialmente pelo Grupo Aegea, revelam que a concessionária registrou, nos últimos dois anos, uma receita bruta de R$ 1.556,464 (Um bilhão, quinhentos e cinquenta e seis milhões e quatrocentos e sessenta e quatro mil), alcançando um crescimento de 93% no lucro líquido, somente entre os anos de 2019 e 2020.


 
 
 
 
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