Manaus, 23 de Abril de 2024

Paulinho da For?a ? condenado pelo STF a dez anos de pris?o em regime fechado

Deputado federal foi condenado por lavagem de dinheiro e envolvimento em desvios de verbas do BNDES

Política | 05/06/2020 - 22:40
Foto: Reprodu??o

Paulinho da For?a

Deputado federal foi condenado por lavagem de dinheiro e envolvimento em desvios de verbas do BNDES

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou nesta sexta-feira, 5/6, em sessão virtual, o deputado federal Paulinho da Força (ex-PDT, atualmente presidente do Solidariedade) a 10 anos e 2 meses de prisão. Ele foi denunciado em 2012, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, em suposto envolvimento em desvios de verbas do BNDES, entre os anos de 2007 e 2008, por meio do recebimento de comissões, que teriam sido pagas por beneficiários de financiamentos do banco oficial.

O esquema consistiu na obtenção de empréstimos para as Lojas Marisa e para a Prefeitura de Praia Grande (SP). A rede de lojas e beneficiários de obras custeadas com as verbas para a cidade praiana teriam pago comissões pela intermediação ao deputado e parceiros que atuaram em conjunto. Paulinho teria se valido de pessoas que ele pôde indicar para fazer parte do Conselho de Administração do BNDES, como representantes da Força Sindical, central que ele comanda.

Votaram pela condenação os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber. Rejeitaram as imputações os ministros Marco Aurélio e Alexandre de Moraes.

Sua defesa irá recorrer ao plenário do próprio STF. Caso o colegiado determine cumprimento imediato da pena, será em regime fechado.

Embora com raízes no sindicalismo, o partido Solidariedade faz parte do bloco parlamentar chamado de Centrão e aliou-se ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O Centrão vem conseguindo nas últimas semanas nomear indicados por seus deputados para importantes cargos na gestão federal, inclusive no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, que é muito cobiçado pelas gigantescas verbas que detém. Alguns dos nomeados têm ligações com políticos processados e até condenados.
 
 
 
 
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