Logo, logo todos n?s saberemos. Enquanto isso s? nos resta a esperan?a de esperar por melhores dias, torcendo para que a anunciada terceira onda n?o passe mesmo de uma simples marola.
Logo, logo todos nós saberemos. Enquanto isso só nos resta a esperança de esperar por melhores dias, torcendo para que a anunciada terceira onda não passe mesmo de uma simples marola.
Por Warnoldo Maia de Freitas
Trancar tudo é a palavra de ordem em boa parte do país, para combater o inimigo invisível que desde o início de 2020 transformou o mundo e promete continuar fustigando o planeta de forma intensa nos próximos meses, porque a quantidade de vacina disponível ainda não é suficiente para imunizar toda população.
Especialistas com expertizes diversas preveem três semanas terríveis no país, com o agravamento da pandemia provocada pela Covid - 19, e apontam a necessiadde de se respeitar mais do que nunca as regras sanitárias, que passam por um isolamento social mais severo, devido ao surgimento da variante P1, do novo coronavírus.
Mas, no Amazonas, o governador do Estado, Wilson Lima (PSC), pressionado por todos os lados e amparado por informações dos seu corpo técnico, resolveu "destrancar" praticamente tudo, das 6 às 21 horas, para atender aos pleitos de vários setores e "contribuir" com a retomada gradativa das atividades econômicas.
Já o prefeito da capital, Manaus, David Almeida (Avante), considera precipitada a medida de flexibilização promovida pelo governador Wilson Lima, por entender que "o pior está por vir", e destacou, em entrevista para o jornal Folha de São Paulo, a sua preocupação, particularmente quanto a falta de controle sobre a nova variante do coronavírus, a chamada P1.
Ressabiado, depois de ter sido obrigado nos primeiros dias da sua gestão a desdobrar-se, para atender parte da população, na conhecida crise do oxigênio, diante da pior fase da pandemia, registrada no início de janeiro, o prefeito afirma que devemos "esperar o pior", porque "a variante P1 tem muito mais contágio, é muito mais forte e mais resistente ao tratamento".
Mais otimista, o governador, por sua vez, aposta na flexibilização como a melhor medida a ser adotada no momento, para "relaxar" as tensões, por acreditar ou ter sido levado a crer que o pior já passou.
"Sitiado", segundo alguns, e "tentanto a todo custo", na avaliação de outros, conquistar a simpatia de parte da população e "resgatar" um pouco do brilho da sua imagem, desgastada pelos escândados registrados na sua gestão, a partir da conhecida "compra superfaturada dos respiradores hospitalares inadequados", o governador vê no relaxamento das medidas do isolamento social a estratégia ideal e capaz de desviar as atenções para outras questões.
Dizem que, a exemplo de boa parte da população, que não tem garantido todo fim de mês um salário depositado na conta para atender as necessidades básicas da sua família, Wilson Lima também está em uma encruzilhada e sabe que "se correr o bicho pega, mas se ficar o bicho come".
Wilson também tem consciência de que já não dispõe de muito tempo para conquistar simpatias, porque a eleição já desponta, novamente, no horizonte, tirando o sono de muita gente, inclusive o seu, e precisa, mesmo, encarar a famosa "bronca", que agora, mais do que nunca, não é com o Roberto Cabrini, mas com ele mesmo.
Compondo o pano de fundo do famoso adágio popular, aquela parte da população que necessita trabalhar todo dia para garantir a própria sobrevivência quer ver tudo "destrancado", porque precisa "correr" atrás do pão nosso de cada dia e sabe que se não encarar o risco de morrer atacada pelo vírus, pelo inimigo invisível, pode sucumbir, trancada em casa e massacrada pela fome.
Já outra parcela, com a sobrevivência da família devidamente garantida, prefere "ficar" em casa, protegendo-se do inimigo invisível, e esperando o tempo passar, com tudo "trancado".
Diante das incertezas, agravadas todos os dias pela falta de UTI para o pronto atendimento de quem precisa e aguarda nas filas, sem saber se conseguirá sobreviver, da carência de imunizantes em quatidade suficiente para atender toda a população e de um provável, segundo alguns analistas, agravamento da carência de muitos insumos, produtos médicos, todos querem saber: Afinal, quem está certo, o governador Wilson Lima ou o prefeito David Almeida?
Logo, logo todos nós saberemos. Enquanto isso só nos resta a esperança de esperar por melhores dias, torcendo para que a anunciada terceira onda não passe mesmo de uma simples marola.
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