Manaus, 20 de Abril de 2024

Toada deixa claro que professores de Parintins n?o t?m medo do Neg?o

Toada que circula pelas redes sociais destaca que ?em Parintins o Mazoooca correeeeeuuu? diante da press?o dos professores

Política | 01/04/2018 - 00:10
Foto: Reprodu??o

Professores protestam

Toada que circula pelas redes sociais destaca que “em Parintins o Mazoooca correeeeeuuu” diante da pressão dos professores

Por Warnoldo Maia de Freitas
 
Uma toada que está rodando nas redes sociais (clique aqui e escute a toada) deixa claro que os professores de Parintins, em greve pela valorização salarial da categoria, que está há quatro anos sem reajuste e reivindica uma reposição de 35%, não têm medo do Negão, no caso o governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PDT).
 
A letra da toada, de autor desconhecido, afirma que “a abelha pensou que ainda era rainha, foi pousar aqui na ilha e levou um supetão”. Lembra, ainda, que “aqui em Parintins o Mazoca correu, aqui em Parintins o Mazoca correeeeuuu”, fala dos “reajustes que ficaram pelo caminho” e destaca que “essa história do gatilho não cola”.
 
“Amazonino tu es um arregão. Ninguém em Parintins tem medo do Negão. Amazonino tu és um arregão. Amazonino tu és um arregão ”, destaca o refrão.
 
Dizem nos bastidores que “Amazonino ficou “chateadinho” com a força do movimento grevista no interior e, dominado pelo sentimento da insatisfação, “pecou” e determinou a imediata demissão/punição do secretário de Educação do interior, João Félix, depois de ter sido hostilizado em Boa Vista do Ramos e Parintins.

Bom senso 
 
A insatisfação é geral diante da insistência de Amazonino de não querer pagar pelo menos 28% de reposição salarial, defendida pelo deputado Serafim Corrêa (PSB), para quem o governador não tem desculpas para não aumentar, agora, o salário dos professores, porque os recursos do Fundeb já cresceram 47% no primeiro bimestre deste ano, no comparativo direto com igual período do exercício passado.
 
No início da semana Serafim voltou a pedir bom senso para o governador Amazonino Mendes e o secretário de Educação (Seduc), Lourenço Braga, e sustentado por números lembrou que no primeiro bimestre deste ano o governo estadual recebeu R$ 393,8 milhões contra R$ 267 milhões do mesmo período do exercício passado, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
 
“Usem o dinheiro do Fundeb para reajustar o salário dos professores e superem essa questão”, defendeu Serafim, destacando não haver proibição de reajuste no que diz respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.

Amor
 
De acordo com alguns professores, o governador deveria aproveitar a Semana Santa e seguir o principal mandamento cristão e, verdadeiramente, amar os profissionais da educação, melhorando os seus salários e as suas condições de vida, porque o amor é o mote da sua campanha, e traduzir em ações o seu discurso.
 
O arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Eduardo Castriani, já fez a sua parte na noite da terça, 27, quando recebeu uma representação da comissão do comando de greve, ouviu seus reclamos e afiançou-lhes apoio.
 
Após ouvir as lideranças da oposição sindical, representantes dos agentes administrativos e do Sinteam, Dom Sérgio disse que a categoria precisa de apoio, porque há muito tempo vem sofrendo – está há quatro anos sem reajuste - e destacou a importância dos profissionais da educação na formação de qualquer sociedade.
 
Mesmo com o acirramento dos ânimos ainda há quem acredite que o Negão vai aproveitar o sábado e o domingo da Semana Santa para redimir-se dos “pecados”, cometidos ao longo da caminhada do processo de discussão das reivindicações dos professores, e celebrar a Páscoa com amor e misericórdia, concedendo aos professores os pleitos encaminhados.
 
Empurrando com a barriga
 
Mas há quem não acredite nessa possibilidade como, por exemplo, o deputado estadual Sabá Reis (PR), para quem o governador está protelando a decisão sobre as reivindicações e pretende, a partir do dia 7 de abril, alegar não poder fazer nada, porque a legislação não permite.
 
Segundo o deputado, Amazonino está “empurrando com a barriga” porque quer ganhar tempo e usar como desculpa os impedimentos da lei eleitoral, devido as eleições de outubro. 
 
Depois de acusar o governador de “ditador de bazar”, que age sem a devida compreensão de que os tempos são outros, Sabá Reis disse que os professores devem perseverar, “manter a resistência”, porque “o governo vai ceder às exigências da categoria”, porque, dinheiro tem.
 
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